Depois de o governo brasileiro divulgar nota em “apoio à luta contra o flagelo do terrorismo” na sequência do ataque dos Estados Unidos no Iraque que matou o general iraniano Qassim Soleimani, Teerã convocou uma reunião com a representante brasileira no Irã, Maria Cristina Lopes.
Lopes foi chamada porque o embaixador do Brasil no Irã, Rodrigo Santos, está de férias.
Segundo o Itamaraty, a conversa –realizada no último domingo (5.jan.2020)– foi “cordial”. Além disso, o Brasil não foi o único país chamado pelo governo iraniano para ‘dar explicações’ sobre o apoio aos EUA.
“A conversa, cujo teor é reservado e não será comentado pelo Itamaraty, transcorreu com cordialidade, dentro da usual prática diplomática”, informou o Ministério das Relações Exteriores.
ENTENDA
Na última 6ª feira (3.jan.2020), o Itamaraty divulgou uma nota respaldando de maneira oblíqua a ofensiva norte-americana contra Soleimani. Em diversas passagens, o órgão diplomático criticou o que chamou de terrorismo e assim classificou o general e a Guarda Revolucionária do Irã.
O comunicado do Itamaraty seguiu a opinião do presidente Jair Bolsonaro e da ala mais próxima a ele dentro do Executivo.“A vida pregressa dele [Soleimani] era voltada em grande parte para o terrorismo. E nós, tudo o que pudermos fazer para combater o terrorismo, assim o faremos”, disse o presidente.
Poder360
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